terça-feira, 6 de setembro de 2011

The Clash - LONDON CALLING

Para a nossa viajem musical de hoje, peço a todos que me escutam, para se possivel aumentarem o som e prestigiar a bomba atômica do rock chamada de punk rock.

Não apenas um estilo musical o punk contestava a política, os modos, os costumes, a sociedade, as banalidades e principalmente as leis impostas. Esse estilo nos trouxe uma nova visão de sociedade, ele simplesmente revolucionou a música, mudou o rock para sempre e a cabeça de milhões de jovens, que desde os anos 70 foram e são influenciados até hoje por esse estilo tão controverso. O LP que escutaremos é o terceiro álbum de estúdio da banda de punk rock inglesa The Clash, que é considerado como um dos discos mais influentes do rock o London Calling de 1979.

Aumentem o som e escutem o grito do Clash! Ai está a primeira faixa do disco para todos curtirem enquanto fazemos nossa viajem no tempo da música - Lodon Calling

Para os que não conhecem o Clash é uma banda que fez parte da primeira onda do punk rock britânico em meados dos anos 70 para ser mais exato em 1976. A formação mais famosa e duradoura do grupo era composta por, Joe Strummer (vocalista principal, guitarra rítmica), Mick Jones (guitarra principal, vocais), Paul Simonon (baixo, backing vocais, ocasionalmente vocais principais) e Nicky "Topper" Headon (bateria, percussão).

O The Clash foi uma banda que mudou significativamente o estilo musical da sua época. Eles incorporaram em seu estilo punk elementos do ska, reggae, do funk, soul, rap, dance e rockabilly, no punk rock, coisa que ninguém fazia. Além de ter um estilo músical único, eles eram estremamente politizados em suas letras. Mesmo sendo essa uma das marcas do punk rock o Clash foi a banda que realmente era engajada na política, pois eles entraram de cabeça na defesa do ideal radical do punk rock.

Os membros da banda eram conhecidos como "bagunceiros pensantes", pois realmente se distanciavam do anarquismo proposto pela maioria das bandas punk da época. O líder do grupo Joe Strummer era de esquerda e trazia consigo o grupo para apoiar alguns movimentos políticos da époica como os Anti-Nazi League (em português: Liga Anti-Nazista).


Já que conhecemos um pouco dessa maravilhosa banda, agora podemos falar da obra prima feita por eles o álbum Lodon Calling. Esse vinil é considerado o divisor de águas na vida do The Clash, pois foi através dele que a banda expressoou todas as mudanças que os envolviam. Diferenças principais nas influencias musicas deles na época e nas suas letras que realmente estavam mudadas.
A banda estava em uma ótima fase, pois depois de gravar seu segundo álbum entitulado Give 'Em Enough Rope (1978), ainda aproveitava o animo que o sucesso dava. Logo depois o grupo demitiu seu primeiro empresário. Isso fez com que o eles tivessem que procurar um novo estúdio para gravar. No verão de 1979 o responsável pela turne Jhonny Green encontrou um lugar chamado Vanilla Studios, que ficava atrás de uma garagem em Pimlico em Londres. Lá que o Clash tratou de escrever as primeiras demos para o álbum. Os arranjos foram feitos por Jones e letras por Strummer.

Agosto de 1979 foi o mês, que iniciaria definitivamente a mundança da vida banda. O Clash entrou no Wessex Studios com cara nova. Eles chamaram Guy Stevens para produzir o Lodon Calling. Essa decisão causou o desespero da gravadora a CBS Records. A gravadora tinha medo, pois sabia que Stevens tinha no curriculo problemas com álcool e drogas e que usava métodos nada comuns de produção. Durante os sets Stevens costumava balançar as escadas e atirar cadeira, para climatizar o lugar com algum tipo de tensão.

Uma outra curiosidade durante as gravações foi que, para unir completamente o grupo eles foram colocados para jorgar bola como um time nos momentos de lazer. Isso ajudou muito para que as gravações fossem agradavéis e harmoniosas. O clima no estúdio era tão bom, que eles gravaram o ábum inteiro em semanas, com músicas sendo gravadas em um ou dois takes.

Para que o álbum se imortalize não basta só as músicas, mas também a capa tem que se especial. E foi isso que o The Clash fez. A capa copiou estética do primeiro álbum do rei do rock Elvis Presley. Nela  apresenta uma foto de Simonon quebrando sua Fender Precision Bass, durante um show no estádio The Palladiun em NY. A foto tirada pela fotógrafa Pennie Smith e entrou para o Rock and Roll Hall of Fame. Em 2002 a fotógrafa Smith teve sua foto eleita a melhor foto de rock de todos os tempo, pois ela "captura o momento rock'n'roll final - perda total de controle".




O álbum London Calling foi lançado no Reino Unido no final de 1979 e nos EUA no inicio e  1980. É legal ressaltar que o Clash fez questão que um seu álbum duplo fosse vendido pelo preço de um comum, para ser acessivél para todos.
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O LP é repleto de boas músicas com ótimos significados, mas vou falar só de alguns aqui. "London Calling", faixa título do álbum, foi parcialmente influenciado por março de 1979 em um acidente do reator nuclear em Three Mile Island, na Pensilvânia .  Na letra Strummer  também discutir os problemas de aumento do desemprego, o conflito racial eo uso de drogas na Grã-Bretanha.

A décima faixa, " The Guns of Brixton ", foi a primeira composição feita por Paul Simonon, que também cantou uma música na banda pela primeira vez. A letra da música discute as perspectivas paranóicas de um indivíduo sobre a vida.

A música " Lost in the Supermarket ", foi escrita por Strummer que imaginou a infância Jones 'crescendo em um porão com sua mãe e avó.

O legado do Clash na música é absurdamente importante e especial, pois eles tiveram duas fases ao mesmo tempo distintas e iguais. Seu primeiro albúm "The Clash" de 77 é considerado junto com " Never Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols, "a declaração definitiva do punk. E o London Calling é sem dúvida um dos albúns mais influentes do rock.

Para finalizar essa viajem na história da musica, teria que falar dos premios que o Lodon Calling ganhou ao longo dos anos mas, para isso teria que fazer outro texto então!

O que o The Clash fez foi simplesmente algo surpreendente, que marcou a sua própria história, pois simplismente eles retrataram o que se passavam em suas cabeças. Pegaram seus gostos musicais suas influencias e fundiram com o punk, que foi perfeitamente representado pelas letras e pelo seu estilo sempre presente na banda. Esse sim é um vinil que tenho orgulho de ter em minha casa.