quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Iron Maiden - Live After Death

A vitrola está ligada e o som, que ela irá tocar vem das profundezas do rock. Nossa viajem musical terá um guia especial e o nome dele é Edward the Head. Hoje conheceremos o momento que o rei das trevas retornou a vida. Eddie o mascote da lendária banda de heavy metal Iron Maiden merece seu devido espaço nesse blog. O vinil que tive a sorte de adquirir numa feira é o aclamado, mundialmente famoso e considerado um dos melhores álbuns ao vivo do mundo o LP, Live After Death.

Queridos ouvintes apresento-lhe um das maiores bandas de heavy metal da história, o Iron Maiden. Um presente de natal que o mundo recebeu! O Iron foi criado no dia 25 de dezembro (natal) de 1975, logo após deixar seu antigo grupo Smiler o baixista Steve Harris, cansado de ver seu trabalho ser rejeitado onde trabalhava resolveu montar sua própria banda

O inicio da história do Iron é um pouco complicado e irrelevante para esse momento, pois foram diversas mudanças de integrantes até o aparecimento do vocalista Paul Di'Anno em 1978. Os Maiden seguiam o perfil e a linha musical do heavy metal, que naquela época não estava no auge se comparado ao punk.

Quando Di’Anno entrou pro grupo ele trouxe o lado do punk, pois era grande fã de bandas como Ramones, The Clash e Sex Pistols. Um dos únicos que já passaram no grupo de cabelo curto e foi graças a ele que o Iron mesclou o metal com o punk. Eles misturavam temas clássicos, ritmos de metal empolgantes e riffs de guitarra bem Hardcore e rápidos.

Desde a sua formação em 75 o Iron fazia diversos shows, conseguindo assim um número enorme de fãs na Inglaterra nos três primeiros anos de sua carreira. Mesmo sendo os mais bem cotados nos grandes circuitos de shows ingleses até essa data eles não tinham ido para um estúdio de gravação.

No ano novo o Iron Maiden lançou seu primeiro demo. O famoso The Soundhouse Tapes, uma das mais famosas tapes da história do rock! Foram vendidas rapidamente 5.000 cópias, que não distribuiu novamente até 96. Hoje as cópias originais são raras e muito caras. Eles emplacaram no topo das paradas da época as faixas "Prowler" e "Iron Maiden", ambas da demo.

Durante o ano de 78 o guitarrista Dave Murray tocou sozinho no Iron, durante 79 a banda experimentou diversos segundos guitarristas. Nessa mesma época o baterista Doug Sampson abandonou a banda por motivos de saúde. Em novembro desse ano a banda fechou com a renomada gravadora EMI. Pouco antes de ir para o estúdio o guitarrista Dennis Stratton entrou na banda, que trouxe Clive Burr, para fica nas baquetas.

Em relação com a formação da banda, em 1981 sai Dennis Stratton e entra Adrian Smith, trazendo consigo sua nova melodia. Outra importante mudança no grupo foi a do vocalista. O Iron Maiden sempre foi um grupo conhecido, por não se ligado ao uso drogas e por serem, como qualquer bom músico, perfeccionistas.  

Devido aos problemas com as drogas, como a cocaína, Paul Di’Anno foi substituído por Bruce Dickinson. Bruce que é conhecido pela sua atitude entrou no grupo com as condições de não cortar o cabelo e sempre escolher seu figurino.

Bem acho que já falei demais sobre a história do Iron Maiden agora vamos ao disco.



Fico feliz de possuir esse vinil, pois ele representa um marco na história do Iron. O ano de 84, a banda lançou o álbum Powerslave, mais um sucesso dos Maidens. A turnê que representou essa época foi a World Slavery Tour, que foi a maior de todas da história da banda. Ela abrangeu os anos de 84 e 85 com cerca de duzentas apresentações no mundo inteiro, inclusive a épica primeira vez no Brasil no Rock in Rio.

Nas apresentações a produção arrebentava, tinham sarcófagos, pirâmides, esfinges, pinturas até no chão e um Eddie-múmia gigante, com mais de dez metros de altura.

As gravações das primeiras 12 faixas foram no Long Beach Arena, em Long Beach, Califórnia, entre os dias 14 e 17 de Março de 1985. E as cinco últimas faixas foram gravadas no Hammersmith Odeon (agora conhecido como Hammersmith Apollo) em Londres, nos dias 8, 9, 10 e 12 de Outubro de 1984.

Para quem quiser ver o show em Long Beach - http://www.youtube.com/watch?v=Y3Uus_r90Ts&feature=related

A introdução do disco antes da faixa Aces High é uma frase de Winston Churchill, dita na Câmara dos Comuns em 4 de Junho de 1940, durante os ataques da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.


A capa foi desenhada por Derek Riggs, na capa está o Eddie saindo da sua tumba como se um raio tivesse batido nele fazendo-o ressuscitar, com a sua lápide escrita uma citação do autor de ficção inglês H.P. Lovecraft.

“That is not dead which can eternal lie
Yet with strange aeons even death may die.”

Na parte de trás está o cemitério onde Eddie está renascendo com a morte olhando a destruição da cidade. Realmente muito bem detalhada cheia de frases em algumas lápides. 

Esse LP sem dúvida corresponde musicalmente e artisticamente as minhas expectativas de um grande álbum. Ter a oportunidade de ouvir a riqueza dos detalhes da música bem feita do Iron Maiden, na minha sala é ótimo.
Quem tiver a oportunidade de ouvir esse mágico disco deve fazê-lo quanto antes. Iron Maiden que seja eterno enquanto dure!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

The Clash - LONDON CALLING

Para a nossa viajem musical de hoje, peço a todos que me escutam, para se possivel aumentarem o som e prestigiar a bomba atômica do rock chamada de punk rock.

Não apenas um estilo musical o punk contestava a política, os modos, os costumes, a sociedade, as banalidades e principalmente as leis impostas. Esse estilo nos trouxe uma nova visão de sociedade, ele simplesmente revolucionou a música, mudou o rock para sempre e a cabeça de milhões de jovens, que desde os anos 70 foram e são influenciados até hoje por esse estilo tão controverso. O LP que escutaremos é o terceiro álbum de estúdio da banda de punk rock inglesa The Clash, que é considerado como um dos discos mais influentes do rock o London Calling de 1979.

Aumentem o som e escutem o grito do Clash! Ai está a primeira faixa do disco para todos curtirem enquanto fazemos nossa viajem no tempo da música - Lodon Calling

Para os que não conhecem o Clash é uma banda que fez parte da primeira onda do punk rock britânico em meados dos anos 70 para ser mais exato em 1976. A formação mais famosa e duradoura do grupo era composta por, Joe Strummer (vocalista principal, guitarra rítmica), Mick Jones (guitarra principal, vocais), Paul Simonon (baixo, backing vocais, ocasionalmente vocais principais) e Nicky "Topper" Headon (bateria, percussão).

O The Clash foi uma banda que mudou significativamente o estilo musical da sua época. Eles incorporaram em seu estilo punk elementos do ska, reggae, do funk, soul, rap, dance e rockabilly, no punk rock, coisa que ninguém fazia. Além de ter um estilo músical único, eles eram estremamente politizados em suas letras. Mesmo sendo essa uma das marcas do punk rock o Clash foi a banda que realmente era engajada na política, pois eles entraram de cabeça na defesa do ideal radical do punk rock.

Os membros da banda eram conhecidos como "bagunceiros pensantes", pois realmente se distanciavam do anarquismo proposto pela maioria das bandas punk da época. O líder do grupo Joe Strummer era de esquerda e trazia consigo o grupo para apoiar alguns movimentos políticos da époica como os Anti-Nazi League (em português: Liga Anti-Nazista).


Já que conhecemos um pouco dessa maravilhosa banda, agora podemos falar da obra prima feita por eles o álbum Lodon Calling. Esse vinil é considerado o divisor de águas na vida do The Clash, pois foi através dele que a banda expressoou todas as mudanças que os envolviam. Diferenças principais nas influencias musicas deles na época e nas suas letras que realmente estavam mudadas.
A banda estava em uma ótima fase, pois depois de gravar seu segundo álbum entitulado Give 'Em Enough Rope (1978), ainda aproveitava o animo que o sucesso dava. Logo depois o grupo demitiu seu primeiro empresário. Isso fez com que o eles tivessem que procurar um novo estúdio para gravar. No verão de 1979 o responsável pela turne Jhonny Green encontrou um lugar chamado Vanilla Studios, que ficava atrás de uma garagem em Pimlico em Londres. Lá que o Clash tratou de escrever as primeiras demos para o álbum. Os arranjos foram feitos por Jones e letras por Strummer.

Agosto de 1979 foi o mês, que iniciaria definitivamente a mundança da vida banda. O Clash entrou no Wessex Studios com cara nova. Eles chamaram Guy Stevens para produzir o Lodon Calling. Essa decisão causou o desespero da gravadora a CBS Records. A gravadora tinha medo, pois sabia que Stevens tinha no curriculo problemas com álcool e drogas e que usava métodos nada comuns de produção. Durante os sets Stevens costumava balançar as escadas e atirar cadeira, para climatizar o lugar com algum tipo de tensão.

Uma outra curiosidade durante as gravações foi que, para unir completamente o grupo eles foram colocados para jorgar bola como um time nos momentos de lazer. Isso ajudou muito para que as gravações fossem agradavéis e harmoniosas. O clima no estúdio era tão bom, que eles gravaram o ábum inteiro em semanas, com músicas sendo gravadas em um ou dois takes.

Para que o álbum se imortalize não basta só as músicas, mas também a capa tem que se especial. E foi isso que o The Clash fez. A capa copiou estética do primeiro álbum do rei do rock Elvis Presley. Nela  apresenta uma foto de Simonon quebrando sua Fender Precision Bass, durante um show no estádio The Palladiun em NY. A foto tirada pela fotógrafa Pennie Smith e entrou para o Rock and Roll Hall of Fame. Em 2002 a fotógrafa Smith teve sua foto eleita a melhor foto de rock de todos os tempo, pois ela "captura o momento rock'n'roll final - perda total de controle".




O álbum London Calling foi lançado no Reino Unido no final de 1979 e nos EUA no inicio e  1980. É legal ressaltar que o Clash fez questão que um seu álbum duplo fosse vendido pelo preço de um comum, para ser acessivél para todos.
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O LP é repleto de boas músicas com ótimos significados, mas vou falar só de alguns aqui. "London Calling", faixa título do álbum, foi parcialmente influenciado por março de 1979 em um acidente do reator nuclear em Three Mile Island, na Pensilvânia .  Na letra Strummer  também discutir os problemas de aumento do desemprego, o conflito racial eo uso de drogas na Grã-Bretanha.

A décima faixa, " The Guns of Brixton ", foi a primeira composição feita por Paul Simonon, que também cantou uma música na banda pela primeira vez. A letra da música discute as perspectivas paranóicas de um indivíduo sobre a vida.

A música " Lost in the Supermarket ", foi escrita por Strummer que imaginou a infância Jones 'crescendo em um porão com sua mãe e avó.

O legado do Clash na música é absurdamente importante e especial, pois eles tiveram duas fases ao mesmo tempo distintas e iguais. Seu primeiro albúm "The Clash" de 77 é considerado junto com " Never Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols, "a declaração definitiva do punk. E o London Calling é sem dúvida um dos albúns mais influentes do rock.

Para finalizar essa viajem na história da musica, teria que falar dos premios que o Lodon Calling ganhou ao longo dos anos mas, para isso teria que fazer outro texto então!

O que o The Clash fez foi simplesmente algo surpreendente, que marcou a sua própria história, pois simplismente eles retrataram o que se passavam em suas cabeças. Pegaram seus gostos musicais suas influencias e fundiram com o punk, que foi perfeitamente representado pelas letras e pelo seu estilo sempre presente na banda. Esse sim é um vinil que tenho orgulho de ter em minha casa.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mamonas Assassinas - 1995

 Hoje a nossa viajem no paraíso musical será por terras muito puras e engraçadas. O fato a ser ressaltado, que esse disco foi  adquirido em mais um dia de minhas investidas, para comprar vinis nas ruas do centro do Rio. Eu sempre com o intuito de LPs de bandas mundialmente famosas,  mas nunca descartando as outras possibilidades, tão clássicas quantos as internacionais. Estava revirando tudo, quando vi a capa do vinil do Mamonas, novinha perdida por ali. Engraçado nesse dia eu já tinha comprado quatro discos, e ganhei um de brinde. Final feliz para quem merece ser feliz. O vinil que escutaremos hoje, é uma marco do rock cômico, da alegria de uma geração e  que sempre faz todos sorrirem  o Mamonas Assassinas 1995.

Para fazer vocês começarem a viajar no meu Delorean da música! Mamonas Assassinas - Chopis Centis

Essa banda mostrou com sua história que as vezes ser engraçado e gozador é a solução dos problemas. Com o nome intitulado de Utopia, os futuros integrantes do Mamonas eram mais que sérios ao fazer seus covers de bandas como Rush, Titãs, Os Paralamas do Sucesso e o  Legião Urbana. Bento Hinoto (guitarra/violão) e os irmãos Samuel Reoli (baixo) e Sérgio Reoli (bateria), todos jovens músicos de Guarulhos SP, não poderiam prever que faltava apenas um elemento para equilibrar e elevar a alma deles. O nome desse elemento é de Alecsander Alves Leite, ou como todos nós conhecemos Dinho.

A vida nos faz passar por várias situações engraçadas e inusitadas. Foi numa delas, durante um show em 90, que  a banda Utopia acabou mudando seu futuro. Durante o show por causa da galera assistia que queria que o grupo cantasse musicas do Guns in Roses e como nenhum deles sabia, decidiram pedir ajuda ao público. Com um pulo do gato o jovem garoto ainda desconhecido Dinho, pegou o microfone e começou a cantar. O inusitado é que Dinho não sabia cantar nenhuma do Guns, porém isso não o impediria de agradar a galera. Dinho começou a fazer palhaçadas enlouquecido no palco animando a todos que estavam por ali. Bastou um momento para a banda perceber que tinham uma estrela em suas mãos.

Logo depois de assumir o novo cargo Dinho trouxe para a banda o tecladista Júlio Rasec. O Utopia estava com força total começaram a tocar na periferia de São Paulo, fazendo uma série de shows. Ainda nessa época pré Mamonas eles ainda gravaram um disco relíquia, que vendeu menos que 100 cópias na época. O que eles percebiam a cada show que faziam, era que as brincadeira e as paródias  das músicas feitas nas gravações dariam certo e aos poucos foram sendo lançadas nos shows. Elas estavam fazendo mais sucesso do que seus covers com seriedade.

Mas foi após um show em Garulhos  que eles conheceram o produtor Rick Bonadino, (o mesmo empresário do Charlie Brown Jr), que tinha gostado muito do show irreverente e diferente que a banda Utopia estava começando a fazer. Logo após isso eles gravaram duas músicas, que são duais grandes marcas do Mamonas Assassinas, as músicas Robocop Gay e Pelados em Santos. Esse foi o suficiente para banda mudar de vez seu perfil e ir atrás do seu lugar na história do rock brasileiro. Após isso a grupo mudou o nome para "Mamonas Assassinas do Espaço", ideia de Samuel Reoli, que seria reduzido para Mamonas Assassinas.

O grupo enviou fitas com as músicas Robocop Gay, Pelados em Santos e a canção "Jumento Clandestino", para algumas gravadoras incluindo Sony Music e EMI.  Vale lembrar que eles, conseguiram o contrato graças ao baterista da banda Baba Cósmica, João Augusto Soares, que insistiu para que contratassem a banda, ele era filho do diretor artístico da EMI.

Bom já que fizemos um breve conhecimento sobre a banda, acho que podemos viajar no disco. Meu Deus o que dizer dele? Para começar, tenho que lembrar que ele fez parte de minha infância nos anos 90. Eu não possuía o disco,  mas sempre levava sua fita para onde eu fosse. Músicas para todas as idades, melodias, engraçadas, puras mesmo com malícia.






O disco foi lançado em 1995, foi o primeiro e único enquano a banda estava viva, sozinho ele conseguiu receber o cerficado de Disco de Diamante com cerca de 3 milhões de cópias vendidas. Um LP carregado de gêneros, onde vemos o punk rock, misturado com  influências de gêneros populares, tais como forró, sertanejo, ditados populares, cantigas infantis, rock progressivo e metal. Uma mistureba boa, numa época onde e o rock já não tinha tanta força.

Quase todas as músicas contidas nesse LP, são paródias,satíricas de músicas, filmes, ou personalidades da época. Por exemplo a música a primeira música "1406", refere-se a um telefone de compras, o (011)1406, que era de um famoso canal de televendas na primeira metade dos anos 90, o Grupo Imagem.

A famosa música  "Chopis Centis", tem uma introdução talvez um pouco conhecida ne? Isso porque ela é uma paródia da música "Should I stay or should I go" de uma mais representativas bandas de rock o The Clash.

Bem o álbum todo é com paródias e brincadeiras, mas para não ser tediante vou mostrar apenas algumas que achei mais engraçadas e bem boladas.

Na música "Uma Arlinda Mulher" refere-se ao filme Uma Linda Mulher, estrelado por Julia Roberts. Quanto à estrutura musical, faz-se forte alusão às canções Fake Plastic Trees (1995) e Creep (1993), ambas do grupo inglês Radiohead. Além disso, o tecladista, Júlio Rasec, satiriza o estilo vocal do cantor Belchior, o que daria origem também à vinheta Belchi.

Outra que peguei e achei muito interessante é a canção, "Cabeça de Bagre II"  baseada na experiência do vocalista Dinho na quinta série primária. Seu título é a paródia de Cabeça Dinossauro, álbum dos Titãs. Nela, um de seus solos de guitarra é uma referência à risada do Pica-Pau, e um dos riffs principais é Baby Elephant Walk (O Passo do Elefantinho), trilha infantil composta pelo músico estadunidense Henry Mancini que nos tempos Jovem Guarda ganhou versão brasileira e se popularizou através do Trio Esperança.

Se não uma das mais importantes canções, para a fama do grupo, a música "Robocop Gay" é uma homenagem ao personagem de Jô Soares, o Capitão Gay, com ligação ao personagem do ator Peter Weller, o Robocop. Versões ao vivo da música contavam com o "Melô do Piripiri", da cantora Gretchen. Foi a primeira música da banda a fazer parte da trilha sonora de uma telenovela brasileira: Caminhos do Coração, exibida pela Rede Record em 2007/2008.

É mais uma banda que sempre deixa muitas saudades, um orgulho para o rock do anos 90 nacional, algo que não é facil de se ver na história do rock. Só teremos lembraças boas de caras como os do Mamonas.




terça-feira, 19 de abril de 2011

The Song Remanins the Same - Led Zeppelin

Queridos ouvintes a vitrolaviva está de volta! E para embalar nosso encontro, ai está à música tema do nome do vinil e do filme que irei falar hoje ---->  The Song Remains the Same  


O dia que comprei esse disco foi engraçado. Estávamos no centro do Rio de bobeira resolvendo pendências. Sem dinheiro, sem objetivo nas minhas caminhadas, ali pelo largo da carioca. Quando eu e Mari saímos para comprar uma água, que eu o avistei de longe. Só conseguia ver que estava escrito LED ZEPPELIN. Sai correndo o peguei em minhas mãos e não acreditei, perguntei a vendedora quanto custava e ela sorriu. Bastou o sorriso dela para eu entender, que ele era meu. Meu primeiro disco do Led. 

O vinil que iremos escutar hoje é  o famoso álbum do filme The Song Remains the Same, da banda mais perfeita de todos os tempos o Led Zeppelin. Nossa viajem  será além da sonora, cinematográfica, pois para sabermos sobre esse disco precisamos acompanhar a histólria do filme.

Falar do Led é simplesmente declamar uma poesia, louca e instigante até seu fim, que geralmente é breve.
Uma banda que possui como mentor e líder, um dos maiores guitarristas da história, cuja mil e umas faces de seu estilo, me fazem defini-lo como um guitarrista perfeito. Em 1966 começava a carreira de Patrick James Page, imortalizado como "Jimmy Page". Ele tocou nos The Yardbirds de 66 até 68, com outra lenda do rock, que hoje é considerado pela Rolling Stones o 14º dos 100 maiores guitarristas de todos os tempos, o polêmico Jeff Beck. No inicio Page começou tocando baixo no grupo, mas logo mudou para guitarra onde ficou, junto nos arranjos com Beck. Na banda eles tocavam muito blues, que naquela época era a grande influencia da maioria dos guitarristas.

O ano era 68 e Jeff Beck  já havia saído dos The Yardrdbirds, o último concerto do grupo tinha sido em julho daquele ano em Bedfordshire, na Inglaterra. Para finalizar os compromissos da banda, Page e o baixista e tecladista Chris Dreja,  foram autorizados pelos antigos membros a usar o nome conjunto, pois precisavam acabar com os compromissos que tinham restado da última turnê.

Page e Dreja, que estavam começando uma nova fase musical, pretendiam criar um novo e super grupo. Outro motivo para a nova banda era de acabar com as pendências do antigo contrato do Yardbirds. Eles chamaram o vocalista, Terry Reid, mas o ele recusou. Graças a nossa boa sorte ele indicou ninguém mais, ninguém menos que, Roberth Plant, cujo trabalho na época já tinha um bom reconhecimento dentro da cena britânica. Na época Plant liderava a banda Band of Joy, desde 65. Quando recebeu o convite ele sugeriu o baterista de sua banda, John_Bonham.  Boham  posteriormente também se mostrou uma referência no que fazia. Ele é considerado um marco para a história da bateria, lembrado até hoje por muitos. Quando Dreja saiu da banda, para se tornar fotógrafo,  incentivado pela sua esposa John Paul Jones,  procurou Page, para tentar ganhar o cargo dentro do grupo. Os dois já se conheciam de terem atuados juntos como músicos de estúdio.

Antes de se tornarem o Led Zeppelin, o grupo ainda se apresentou em uma série de shows na Escandinávia, como os The New Yardbirds, para concluir o contrato. Desde então estava formada  a banda perfeita! Page, Plant, Bonham e Jones  nunca se separaram, eram maravilhosos no que faziam e com a idéia de Keith Moon e John Entwistle arrumaram o nome perfeito. Os dois falaram de um "supergrupo", com Page e Jeff (que era a ideia primordial para o guitarrista), cairia como um "balão de chumbo" (do inglês "lead zeppelin"). A palavra "lead" é propositadamente mal escrita para que a pronúncia correta seja usada (também poderia ser lida como "lid", que lhe daria outro significado).



É ótimo poder comentar de um momento tão importante para essa banda, o senário era perfeito, o rock, as drogas e lógico, as pessoas formavam a climatização ideal para o auge do grupo. No final do ano de 1969 o Led já estava pensando em fazer gravações de um show , um filme documentário feito pela banda.  O quinto elemento do grupo o empresário da banda, Peter Grant considerava, que o Led ficaria melhor nas telonas, do que na televisão, tudo isso devido à tamanha qualidade do som, que eles apresentavam naquela naquele periodo. A primeira tentativa aconteceu dia 9 de janeiro de 1970, no Royal Abert Hall, e foi ruim, pois estava com uma iluminação detestável. Já em 1973, quando eles estavam numa turnê pelos Estados Unidos, Grant fez contato com o diretor e escritor, Joe Massot.

Massot que já era conhecido de Page, por terem sido vizinhos, tinha dirigido anteriormente o filme Wonderwall. Joe Massot montou rapidamente uma equipe e no final da turnê, depois de um show em Baltimore, o Led Zeppelin se apresentou, com três concertos no Madison Square Garden, nos dias 27,28 e 29 de julho de 1973. Com essa brincadeira foram gastos nos EUA, 85 mil.

O álbum queridos ouvintes foi lançado em um período diferente do lançamento do filme, três anos depois em 76.  A capa é com uma ilustração de um cinema em ruínas, localizada na Old Street film studios em Londres. Era lá onde o Led se reunia para fazer os ensaios para turnê de 73. Algumas músicas encontradas tanto no álbum, quanto o filme, como "The Ocean" e "Misty Mountain Hop", foram tiradas de outras apresentações.

As curiosidades, que envolvem a obra The Song Remains the Same são loucas, no filme tem uma discussão no backstage, entre Grant e o promotor do show, por terem pessoas vendendo coisas da banda sem permissão. Outra maluquice são cenas de policiais correndo atrás de um cara pelado de meias. No filme ainda tem umas sequencias de fantasias de cada membro do Led, mostrando suas ideias e desejos, como por exemplo:

 Robert Plant na sua fantasia é visto, como um cavaleiro salvando uma donzela, que é a representação simbólica de sua visão do ideal,  de sua busca pessoa para o  Santo Graal.  As cenas de lutas com espadas foram gravadas no País de Gales, no Raglan Castle. Enquanto as no cavalo foram rodadas na costa oeste de Gales em Aberdyfi.  A músicas envolvidas são "The Song Remains the Same" e "The Rain Song".

Tanto o filme, quanto o álbum são maravilhosos, com aquela sonoridade perfeita do Led Zeppelin,  que todos nós fãs do bom e velho rock conhecemos. Mesmo o filme não tendo boas críticas de meio jornalístico, as bilheterias mostraram que foi bem aceito pelo grande público, que totalizou nos EUA, aproximadamente 10 milhões de dólares em 77. O álbum também teve duras críticas, pois devido à demora de seu lançamento, e dele não ser ao vivo do mesmo show. Mesmo com críticas contra ele, para o Led sucesso é algo normal. Esse LP, diga-se de passagem, é de respeito e vale a pena se ter, pois ele tem as melhores das melhores então mesmo não sendo como os críticos queriam, para nós está ótimo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Kurtis Blow

Aí está a primeira música do LP para vocês irem curtindo enquanto leêm!


Curiosidade, se pararmos para pensar pode ser uma coisa boa, ou ruim, mas graças a minha grande sorte, foi ela que me fez chegar à raridade que iremos escutar hoje. Não adianta ir com pré-conceitos na hora de comprar um LP,  estar com algo em mente na hora da compra é ótimo, mas olhar aquela pilha dos discos baratinhos é essencial.

Foi olhando uma dessas pilhas de discos baratos, que eu fiquei intrigado com uma capa, ela me parecia ser  de rap ou de hip hop, ou melhor, dizendo, talvez  os dois juntos. O vinil que escutaremos é um marco na história da música. Com o nome intitulado de Kurtis Blow, apresento para vocês hoje o cara que, é um dos mais influentes do rap, além de ser um dos pioneiros no estilo hip hop  no mundo.

Pai de um estilo diferenciado para sua época, Blow conseguia em suas canções unir dança e rimas. Sua música se caracteriza pela batida disco, com fortes instrumentais como guitarras e percussão, unidas com a rima rap. O estilo que fez sucesso nos anos 80 consegue fazer qualquer um dançar e ficar mais leve ao escutar seu belo som. Pode ser dito que ele tem um estilo próprio, cuja denominação poderia ser "rap rock".

Nascido no Harlem, Nova Iorque, Kurtis deu inicio a sua carreira musical bem novo, quando ainda estava  na High Scool, com 13 anos ele já agitava como na escola como DJ e usava carteira de identidade falsa para ir a clubs da noite de NY, onde ele podia ouvir os DJs da época. Influenciado pelo então criador do termo hip hop, o disc-jóquei DJ Hollywood, em meados dos anos 70, começou uma carreira de DJ, se tornou "Kool DJ Kurt". Nesta época estava unido a um grupo de promotores de festas, que se chamava The Force, que tiveram grandes influencias, para esse período de sua vida.

Em 1979 foi um ano importante na carreira de Kurtis, com 19 anos ele se tornou o primeiro rapper a assinar com uma grande gravadora, a Mercury.  Um negro elegante, com um som dançante, sofisticado e diferente, uma música que não esquecia das origens da periferia e se enquadrava perfeitamente como uma nova vertente do soul. Blow foi o primeiro rapper a fazer músicas falando de política!

Já que agora todos já conhecem a história do nosso artista. Vamos  voltar para o LP.
 O vinil é maravilho, uma voz calma, uma batida alegre, o som do público cantando, conversando e interagindo com Blow, de fazer a sala de a minha casa parecer, com aquele programa clássico dos anos 70, Soul Train. Nele nos encontramos músicas famosas e de grande impacto tocadas até hoje como, “The Breaks” e “Christmas Rappin". The Breaks é considerado o maior sucesso do cantor, pois foi contemplada com certificado de ouro de som rap e até hoje é cantada por muitos rappers, tendo ela sido regravada e diversas vezes. 

Kurtis Blow pode ser considerado um líder para uma geração emergente de rappers com o sentido da rua, a crítica social, comercial e racial contra as diferenças existentes até hoje e principalmente no antigo Harlem de 1980.  O homem que vocês, meus queridos ouvintes estão conhecendo é uma lenda viva do hip hop, cujo trabalho conseguiu moldar os maiores como: Rum DMC, Fat Boys, entre outros que foram produzidos ou trabalharam com Blow, nomes como Love Bug Starski, Sweet Pó, Dr. Jekull e Mr. Hyde, Full Forece, Russell Simmons e Wycled Jean.









domingo, 30 de janeiro de 2011

The Cure - Disintegration

Ao me deparar com minha pilha de vinis, sempre tenho dificuldade de escolher qual som colocarei para escutarmos. Não me basta só ouvir o LP, mas também senti-lo, para assim poder transmitir toda sua força e vitalidade. Fiquei quase um mês tentando achar o disco ideal, porém por sorte nem sempre é do ideal que precisamos. Uma banda imperfeita, mas que com essa característica conseguiu ganhar o mundo e milhares de fãs.

O ano certo era 1976, eles eram um pequeno grupo de quatro jovens ingleses, que viviam numa época onde o punk rock era maior força de expressão, mas que tinham uma proposta de misturá-lo com rock psicodélico dos anos 60.

Com o nome do grupo denominado de "Malice" o vocalista Robert Smith, ao lado do guitarrista Porl Thompson, do baterista (e depois tecladista) Laurence ‘Lol’ Tolhurst e do baixista Michael Dempsey formaram a banda que seria a semente do The Cure.

Em apenas alguns meses depois, já em 1977 o nome da banda muda para Easy Cure. No meio do ano de 1978, após a um rompimento com uma gravadora e com ascensão de um novo empresário, Porl Thompson deixa a banda, com Robert Smith assumindo as guitarras.

Agora como um trio o grupo muda de nome pela última vez, para se tornar futuramente a famosa com dez discos lançados e pouco mais de 30 anos de estrada a banda "The Cure".

Bom meus queridos ouvintes vou ter que dar um breve pulo na linha do tempo dessa banda, pois o que estamos realmente a fim de escutar aqui é o oitavo, e mais importante disco do The Cure, "Disintegration" de 1989. Data que muitos de nós inclusive eu estavam nascendo.


Disintegration foi lançado em uma época muito complicada para o vocalista e principal peça da banda, Robert Smith, pois ele estava para completar seus vinte e nove invernos frios, faltando apenas um ano para seus trinta anos, sua cabeça parecia um turbilhão de gritos, que o faziam passar, por uma fase mais introspectiva. O cenário até era favorável para a banda, mas que não agradava o vocalista causado pelo título de banda pop. Devido a essa popularidade, Smith teve lapsos que o jogaram novamente as drogas alucinógenas, sendo que as mesmas tiveram grande influencia no álbum.


De fato o LP é pesado, introspectivo, melancólico entre outros adjetivos adjacentes de sombriedade. Uma música suícida! Bom talvez para muitos, algo depressivo, mas para outros, real e até espiritual. Essa era a missão na cabeça de Smith ao trabalhar pesadas horas para realização desse álbum.

Além de toda essa climatização na época, o The Cure tinham constantes desentendimentos, pois durantes as gravações do LP, Laurence Tolhusrt foi afastado da banda, devido a problemas com alcoolismo e pouca contribuição ao grupo.

Fazer música é uma arte muito bonita e intrigante. Muitas pessoas escrevem belas melodias, que conseguem fazer com que milhões de pessoas se emocionem através de suas letras. Robert Smith conseguiu pegar, todo o amargor, dor e a angústia existente dentro dele, juntou ao seu desespero por estar chegando aos trinta anos de idade e misturou tudo, conseguindo assim, atingir de forma majestosa, milhares de pessoas, cujo seus sentimentos estavam caracterizados pelo som triste e belo extraídos do álbum Disintegration.

Disintegration consiste principalmente em faixas sombrias, "Lovesong", "Pictures of You" e "Lullaby" foram igualmente populares para a sua acessibilidade. Smith queria criar um equilíbrio no álbum, incluindo músicas que atuariam como um equilíbrio com aqueles que foram desagradáveis. 



Smith escreveu: "Lovesong" como um presente de casamento para Maria Poole. A canção tinha um humor visivelmente diferente do resto do registro, mas Smith achou que era um componente integral do LP. No disco é visivelmente aparente a presença de um belo humor negro.


Em "Lullaby" a premissa para a canção veio Smith depois de lembrar canções de ninar, que seu pai cantava quando ele não conseguia dormir:

"[My father] would always make them up. There was always a horrible ending. They would be something like 'sleep now, pretty baby or you won't wake up at all.'"


"[Meu pai] sempre fazê-los até Havia sempre um final horrível Eles seriam algo como" dormir agora, bonita. Bebê ou você não vai acordar em tudo. "

O álbum Disintegration foi lançado em maio de 1989 e atingiu um pico de número três no UK Albums Chart, naquele momento a posição mais importante na tabela no Reino Unido. O single "Lullaby" se tornou o mais representativo hit para o The Cure em seu país de origem quando atingiu o número cinco.



 Disintegration recebeu o disco de ouro com 100.000 cópias vendidas na Grã-Bretanha e em 1992 vendeu mais de três milhões cópias no mundo. Rolling Stone deu uma classificação para a capa de três estrelas e meia em cinco.